domingo, 27 de abril de 2008

Virada Cultural: Política do pão e circo?


22:10. Já é hora de dormir...mas antes que tal uma "historinha"?

Era uma vez há muito tempo atrás em um reino.Mais especificamente na Roma Antiga.Um imperador que preocupado com revoltas de seu povo com relação à falta de emprego e as condições de vida resolveu toda a situação com a "política do pão e circo".
Ou seja, para distrair o povo dos problemas do reino ele dava comida e diversão, como lutas sangrentas no coliseu; assim evitava revoltas e perturbações.

Muito tempo depois em um certo lugar há a chamada Virada Cultural onde durante dois dias o povo se diverte com muitos eventos.Evitando assim revoltas e perturbações para os governantes...

Alguma semelhança?

Dizer que a virada cultural é algo "ruim" seria totalmente injusto afinal, ela oferece diversas opções de lazer e cultura há muita gente.Inclusive a aquelas que não tem condições de fazer um programa realmente "cultural".
No entanto é inevitável pensar que não há uma ponta de interesse dos governantes em fazer da virada cultural um evento que distraia o povo dos grandes problemas desse país.
Mas a virada cultural são só dois dias não é mesmo?As novelas e o futebol dão conta do recado.
Porque estes nos 365 dias do ano conseguem alienar as pessoas de tal forma que é visível como elas esquecem rápido das danças e dos sorvetes de tapiocas no senado.

Apesar das semelhanças entre as duas "historinhas" temos uma diferença:
Nós não ganhamos comida de graça.Infelizmente.

sábado, 26 de abril de 2008

Corporativismo safado!


Disse o governo que o problema dos cartões corporativos não são “gravíssimos”. Não mesmo? Ah, quer dizer então que se valer de dinheiro público para comprinhas no free-shoop não é tão ruim assim. Pega mal, sabe como é né, ano eleitoral, mas não é gravíssimo...Por aí acho que não deva ser tão ruim para o governo desviar verbas dos correios, num arranjo marcado de ganha essa licitação. Licitação para brasileiro ver.O único probleminha, um quê de nada nesta história, é o completo alívio de idéia de dinheiro público. De um perfume a um acarajé o problema é sim gravíssimo. Não pelo quantitativo desviado, mas pelo o que tais condutas representam. Esquece-se com isso da pilastra de qualquer Estado Democrático de Direito. E disso advém todos os problemas que estamos já cansados de saber.Se cada centavo fosse realmente investido, ainda que não nos melhores projetos do mundo, estaríamos anos luz à frente do que somos. E como que se pode, com tamanha descaramento, publicamente alegar que o caso é até de demissão, mas calma lá.O caso é de improbidade administrativa, que deveriam saber os que usam e que estão no poder, faz perder a elegibilidade por 8 anos, paga-se multa e pasme, dá cadeia.O que falta é mesmo vergonha na cara em agir como se o dinheiro não fosse de ninguém. Como se os 104 milhões de eleitores sem ensino fundamental não existissem exatamente por isso. Não é para que ministro, secretário, adjunto, aspone, pudesse jantar em restaurante francês que se paga imposto. É para que aqueles 104 milhões tivessem como votar em pessoas com o mínimo de decência moral.

E o pior... esse cartãozinho do mal ainda continua rolando solto. Acreditam? Só lá no Brasil mesmo heim...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Política: "A coisa tá preta"


Dada a largada. Chega de se acomodar por entre almofadas, ralhando com a voz nacional. Sentemos o dedo numa artilharia pesada contra tudo que se mexer. Não é o fim, mas é seu começo. Vamo-nos às idéias, que como a coisa está preta, nada melhor do que luzes neste negrume todo.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

"O senhor é meu pastor e nada me faltará 23:1"

O titulo acima tem um sentido muito mais amplo do que parece ter no sentido denotativo.Ele diz a respeito da prosperidade em todos os aspectos da vida.Mas vamos pensar em algo ou alguém que se dissesse essa frase se encaixaria muito bem em relação ao sentido material.Pensou? Alguns devem ter pensado: - Bill Gates é claro! (Sinto muito, ele nunca diria isso).Referia-me ao Vaticano.

O menor estado do mundo localizado ao norte de Roma no ano de 2005 foi avaliado com uma atividade total de US$ 5 bilhões.Quando vivo o papa João Paulo 2º possuía cerca de mil apartamentos em Roma registrados em seu nome; o Vaticano em si possuía e possuí contas em bancos, seguros e participações em varias empresas relacionadas a atividades econômicas envolvendo imóveis, construções, metalúrgicas e outras.Para quem deveria fazer voto de pobreza o Vaticano se envolve demais com dinheiro não é?
Além dessas atividades o Vaticano também recebe dinheiro através de doações dos milhões de católicos espalhados pelo mundo todo, através da cestinha da igreja, ou através do Óbolo de São Pedro que é o sistema de arrecadação de fundos para a igreja Católica (é uma continha de Jesus).
Todo esse dinheiro poderia ser usado para ajudar aos pobres, esses sim que fazem votos de pobreza, jejum e tudo mais, mas não é isso que acontece.A igreja Católica que tem obras de arte de valor inestimável prefere guardar seus quadros, esculturas, e seu dinheiro a ajudar aos pobres, afinal Deus prefere passear pela Basílica de São Pedro e pelos belos museus do Vaticano a ver seus "filhos" comendo.

Acabar com a desigualdade social ou pelo menos parte dela não seria uma tarefa difícil para o Vaticano se ela pedisse ajuda aos fiéis e se vendesse algumas de suas obras de artes.Obras estas, feitas por homens que a igreja oprimiu como no caso de Leonardo da Vinci impedido de continuar suas experiências anatômicas.Tirando outros grandes homens como Galileu Galilei.Quem viu a lista dos novos pecados sabe que injustiça social e se tornar rico demais ilicitamente faz parte dela.Ilicitamente não diz respeito só a lei, mas a moral. Me pergunto se pedir dinheiro baseado na fé e na boa vontade de pessoas é algo moral.Se questione também.Ou tudo é muito conveniente, ou tudo é uma grande hipocrisia.