quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lei Seca

A mais nova Lei do Código de Trânsito Brasileiro, a Lei 11.705, ou se preferir "A lei seca", tem gerado diferentes opiniões, mudanças de hábitos e de consumo.
A "Lei seca" em si, consiste no nome popular dado a abolição total de álcool durante um determinado período; incluindo aí a fabricação, o transporte, a venda, o consumo, a exportação e a importação deste.
Para alguns a lei seca é novidade, no entanto ela já vigora aqui no Brasil há alguns anos durante os períodos das eleições.
Atualmente o nome popular tem sido adotado para apelidar a mudança no Código de Trânsito.
O motivo de tanto alvoroço para com esta lei é pela grande mudança que ela gera na rotina de alguns muitos brasileiros.
Imagine a situação: Fim de semana, os amigos te chamam para uma balada, uma festinha na casa de outro amigo.É inocência pensar que lá não haverá álcool.Você olha aquela lata de cerveja, copo de vinho ou coloque o que quiser aqui, aí você se lembra que não pode beber porque é você que está dirigindo.
Que decepção, não é? É essa decepção que tem abatido os brasileiros antes de pensar em beber.
Para alguns é muito simples.Basta combinar com os amigos, "Hoje eu bebo.Semana que vem é você".
Mas há aqueles que dramatizam muito mais, que falam dos seus direitos, que embora a lei esteja visando a diminuição de acidentes, quem sai prejudicado é o cidadão de bem que bebe só "um pouquinho" e consegue dirigir.Tem até quem diga que é um princípio de "comunismo" onde o governo quer tirar a primeira liberdade.A liberdade individual de beber e dirigir.
Para um país como Brasil, a lei é realmente severa.O povo está acostumado a essa liberdade totalmente egoísta que não pensa se quer na vida do outro.Realmente não são todos que causam acidentes, mas os acidentes existem.Se uma lei, o primeiro passo para uma mudança nessa situação totalmente errada, é colocada em vigor, ela tem de ser atendida e respeitada.Há muito mais para mudar: rodovias esburacadas, ausência de sinalização.Colocar a culpa somente no cidadão não vai ajudar, mas definitivamente atribuir a ele uma maior responsabilidade pelos seus próprios atos, mesmo que seja a força, é conveniente e com certeza necessário.

5 comentários:

Anônimo disse...

Eu acredito que o excesso dessa lei está na punição aplicada ao cidadão. Você ser preso, se ingerir qualquer quantidade de alcool?
Inclusive acredito que isso abre margem para que as pessoas passem a utilizar outras subtâncias psicoativas como drogas sintéticas, etc, em busca do prazer e relaxamente que tinham antes a partir do alcool.
Não acredito na missão educativa dessa lei e nem na conscientização que ela propunha. Nenhuma lei punitiva ou proibitiva deve ser vista com bons olhos, pois ela tira do cidadão o direito humano à escolha.
Obrigado por visitar meu blog. [;)]
Saudações,
Vinícius Alves

Leandro Gaia disse...

Você ter o direito a uma escolha em relação a dirigir bêbado, não é uma escolha, é um erro, um crime.
A história nos mostra que não só os brasileiros, mas como a humanidade em geral, só aprende com duras penas, na pancada, e com o álcool não haveria de ser diferente. O rigor imposto pelas autoridades no controle por um trânsito mais seguro, é o objetivo a ser alcançado. E será!
Números hospitalares (bom que se diga isso) nos mostram uma enorme baixa em acidentes com motoristas alcoolizados. Isso é primordial!
Estranho é uma pessoa que não apóie isso, na certa gosta de dirigir bêbado ou então gosta de correr perigo em segunda pessoa.
Mas sempre há um, porém, certo? Correto! O duro é que fica evidente que sempre que se toma uma atitude digna de aplausos, tem sempre um interesse por trás. Infelizmente é ano de eleição, e daqui alguns meses, essa superfiscalização, essas superblitz, vão se apagar, e logo logo o reino dos motoristas alcoolizados voltarão ás ruas, isso aqui é Brasil meus camaradas, cada um vendo o seu.

Anônimo disse...

Olá Carlos e Leandro,
Como estão as férias?
Concordo com vcs... porém, as penas não deveriam ser homogêneas para os diversos tipos de infração. Como tb o sistema penitenciário deveria tratar diferentemente os diversos casos de reclusão.
Um gde abç.

Anônimo disse...

Demora-se muito para que alguma autoridade tome posição com relação ao excesso de álcool utilizado por motoristas e quando isso acontece a população reclama?!!! Não dá pra entender!!
Concordo plenamente! Álcool e direção definitivamente não combinam!!!!Quem bebe e dirige coloca não só sua vida, mas também, a de outras pessoas em perigo. É irresponsabilidade demais achar o contrário.
Muitas pessoas morrem nas ruas e estradas todos os dias, vitimas de acidentes de transito. Vidas poderiam ser poupadas se essa lei seca fosse aplicada e fiscalizada há mais tempo.

Leandro Gaia disse...

No último sábado, os maiores - e menores - jornais e sites do país abriram com a notícia:

"Lei seca poupa R$4,5 mi em 1 mês a hospitais de SP"

Trocando em miúdos: por conta da nova lei, precocemente taxada de manobra para propinar policiais e fazer girar o calibrado taxímetro nacional (proporcionalmente o mais caro do planeta), o número de atendimentos hospitalares relacionados a acidentes de trânsito em SP passou de 9.102 para 4.449, uma redução de 51%.


Isso significa, entrementes:

- Uma economia de R$54 milhões por ano = custo anual de um hospital popular com 200 leitos;
- Menos stress para os médicos e enfermeiras, proporcionando um melhor atendimento aos outros pacientes;
- Menor consumo alcoólico = menos brigas, confusões e xavecos furados;
- Brusca queda na venda de bombons de licor (bastam 3 unidades para o bafômetro acusar, o dedo-duro);
- Boom na audiência das novelas das 18h e 19h, ocasionado pelo esvaziamento dos happy hours;
- Explosão na venda de carros brancos e plaquinhas de TAXI na 25 de Março (os taxis estão liberados das batidas);
- Uma baita duma ironia, já que a lei foi implementada pelo presidente mais manguaceiro da história da República.


Em tempos de omissão ambiental e impunidade executiva, legislativa e judiciária - além do culto a ídolos etílicos que vão de Amy Winehouse a Zeca Pagodinho -, enfim uma bola dentro dos fora-da-lei do Planalto. Isso até o jeitinho brasileiro entrar em cena e devolver a mamadeira do dromedário