Para os leigos no assunto o sensacionalismo jornalístico é o modo espalhafatoso, a maneira extraordinária como determinados assuntos são veiculados ganhando ênfase.
Numa linguagem menos rebuscada é espremer o assunto como se fosse uma laranja, até não ter mais o que tirar dela.
De tempos, em tempos a laranja do momento é estampada em todos os jornais e mostrada em todos os noticiários.Não os culpo totalmente, é função; uma grande função na verdade, fornecer informações sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo, mas às vezes é necessário haver o mínimo de bom senso e reavaliar como e quando determinados assuntos são divulgados.
Há um tempo atrás ligávamos a TV e as palavras mais ouvidas eram: Mensalão, CPI e dólar na cueca há algumas semanas, poucas na verdade, as palavras eram: Madrasta e sexto andar, atualmente temos dossiês, travestis e jogadores de futebol.
Parece que vale tudo em prol da audiência não é mesmo?Até mesmo a alteração de fatos e matérias de acordo com seus interesses, porque é muito fácil fazer o bandido virar herói e vice-versa.
Ao avaliar essas atitudes vejo uma decadência não só profissional, mas também moral, a exploração de casos tristes, engraçados e até supérfluos originalmente, são atitudes desesperadas para atrair a atenção do público, público esse que algumas vezes não fazem outra coisa senão observar a desgraça alheia.
Devemos estar atentos ao que acontece ao nosso redor sim, mas isso não pode se tornar parte de nossas vidas de maneira absoluta.
Todo povo brasileiro deve se questionar de quem é culpa antes de reclamar: "- Só ouço falar disso ultimamente".
Afinal, sem platéia não há espetáculo.