terça-feira, 27 de maio de 2008

Jornalismo sensacionalista


Sensacionalismo: "algo exagerado, escandaloso". Isso segundo um "bom" dicionário da nossa querida língua portuguesa; entretanto, visto por outros meios em especial o jornalístico, essa palavra ganhou um significado muito mais amplo e é usada de uma forma pejorativa.
Para os leigos no assunto o sensacionalismo jornalístico é o modo espalhafatoso, a maneira extraordinária como determinados assuntos são veiculados ganhando ênfase.
Numa linguagem menos rebuscada é espremer o assunto como se fosse uma laranja, até não ter mais o que tirar dela.
De tempos, em tempos a laranja do momento é estampada em todos os jornais e mostrada em todos os noticiários.Não os culpo totalmente, é função; uma grande função na verdade, fornecer informações sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo, mas às vezes é necessário haver o mínimo de bom senso e reavaliar como e quando determinados assuntos são divulgados.
Há um tempo atrás ligávamos a TV e as palavras mais ouvidas eram: Mensalão, CPI e dólar na cueca há algumas semanas, poucas na verdade, as palavras eram: Madrasta e sexto andar, atualmente temos dossiês, travestis e jogadores de futebol.
Parece que vale tudo em prol da audiência não é mesmo?Até mesmo a alteração de fatos e matérias de acordo com seus interesses, porque é muito fácil fazer o bandido virar herói e vice-versa.

Ao avaliar essas atitudes vejo uma decadência não só profissional, mas também moral, a exploração de casos tristes, engraçados e até supérfluos originalmente, são atitudes desesperadas para atrair a atenção do público, público esse que algumas vezes não fazem outra coisa senão observar a desgraça alheia.
Devemos estar atentos ao que acontece ao nosso redor sim, mas isso não pode se tornar parte de nossas vidas de maneira absoluta.
Todo povo brasileiro deve se questionar de quem é culpa antes de reclamar: "- Só ouço falar disso ultimamente".
Afinal, sem platéia não há espetáculo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Excelente observação...
Qto tempo e energia se perde na mídia com esta prática,
que se transforma num hábito comum em nossas atenções...
enqto a vida passa... e as relações se desfazem em superficialidades.
Parabéns pelo espaço e pelas idéias. Um abç...

Arkhel disse...

Realmente confiar de peito aberto no que a mídia nos impõe é arriscado. Atualmente não se pode mais assistir ao jornal, pois seremos sufocados com uma única notícia que é repetida, repetida e repetida até que não aguntemos mais e sejamos obrigados a mudar de canal, será pouco tal sensacionalismo?

Uma coisa é nos manter informados a respeito do caso Isabella, outra é nos intupir com a mesma coisa todos os dias...

Filosofia na Escola Pública disse...

que bom transitar entre aqueles que, no meio da multidão que nos torna perigosamente homogêneos, tomam outros rumos e brindam a vida em copos transparentes e no seu tilintar os dentes se abrem a novas e renovadas (por que não?)possibilidades! o que quis dizer foi um 'parabéns' estúpido e terrível cheio de vontade e sem malabarismos verbais,mas não teve jeito; as curvas são mesmo nossas moradas, terríveis moradas. abraços enigmáticos. daniel marcolino

Filosofia na Escola Pública disse...

caro carlos, renovo o convite para o projeto de cinema.
abraços cinematográficos,
daniel marcolino

Filosofia na Escola Pública disse...

muito bom o 'blog' 'dissertando sobre o cinema'. que boa parceria!!!...para todos.
daniel

Filosofia na Escola Pública disse...

caros colegas,
fiz um 'blog' para as escolas em que trabalho que é http://filosofianaescolapublica.blogspot.com. O caso é que não consigo mais 'mexer' nele, isto é, colocar textos, fazer alterações. Tentei escrever enviar um texto e colocar o 'link' de vocês, mas não adiantou. Enfim, o que deve estar acontecendo, vocês saberiam indicar alguma possibilidade, além de um cataclismo virtual...mente concreto? estou desesperado...Aguardo contato.
daniel marcolino ('i-meio': marcolinodaniel@ig.com.br)