domingo, 23 de agosto de 2009

20 anos sem Raulzito; a cada verso, uma lição


Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal, e fazer tudo igual
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz
Eu li os símbolos sagrados de Umbanda
Eu fui criança pra poder dançar ciranda
Eu sou a mosca da sopa, e o dente do tubarão
Eu sou o medo do fraco, e a força da imaginação
Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor
Faz o que tu queres há de ser tudo da lei
Todo homem, toda mulher é uma estrela
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Aprendi o segredo, o segredo da vida
E agora eu me pergunto: e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar
O amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
E vê se te orienta!
Assim dessa maneira, nêgo, Chicago não agüenta
Não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida, tente outra vez
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido o domingo
Pra ir com a família ao Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos
Mas prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu sou os olhos do cego, e a cegueira da visão
Eu sou a mosca que perturba o seu sono
Eu sou a luz que se apaga, o blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou.

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